A Organização Mundial de Saúde (OMS) trouxe um novo balanço sobre a doença misteriosa que tem atingido a República Democrática do Congo há duas semanas, revelando que a condição já matou mais de 30 pessoas.
Os dados revelaram que entre 24 de outubro e 5 de dezembro foram confirmados 406 casos da enfermidade na região de Panzi, província de Kwango, no sudoeste do país africano, onde 31 pessoas morreram no mesmo período.
A maior parte dos contágios envolveu crianças menores de cinco anos.
De acordo com o relatório, todos os casos graves apresentaram desnutrição aguda, no entanto outros sintomas também se repetiram na maior parte dos enfermos, como febre (96,5%), tosse (87,9%), cansaço (60,9%) e nariz escorrendo (57,8%).
Dores de cabeça e musculares, dificuldade respiratória e anemia também apareceram em menor grau.
Apesar de testes em laboratório estarem em curso para a identificação da doença, a OMS suspeita de que a malária e outras patologias como pneumonia aguda, gripe, Covid-19 e sarampo possam estar contribuindo para os casos na região de Panzi, que sofreu uma "piora na segurança alimentar nos últimos meses", além de apresentar "baixa cobertura de vacinação e acesso muito limitado em termos de diagnósticos".
Além disso, a OMS acrescentou que a área "possui carência em meios de transporte e em equipes de saúde". "Medidas de prevenção contra a malária também são precárias", destacou.