Os pagers de membros do Hezbollah que explodiram na última semana em Beiute , no Líbano , tiveram explosivos implantados em suas baterias por Israel em uma tecnologia tão avançada que era praticamente indetectável, segundo dois altos funcionários da segurança libanesa. As informações são da CNN.
Segundo as autoridades de segurança libanesas, as explosões dos pagers foram acionadas por meio de uma mensagem eletrônica. Os dispositivos usados nas operações controladas foram desligados no momento do ataque, sendo assim, nem todos foram acionados.
Uma das fontes de segurança de alto escalão do Líbano afirmou que nunca havia visto este tipo de dispositivo - o explosivo estava “ligado” dentro da bateria de lítio do pager e era quase indetectável.
Na última semana, a explosão dos pagers e de walkie-talkies de membros do Hezbollah no Líbano deixaram pelo menos 37 mortos e 3 mil feridos. Tanto o Líbano quanto o grupo paramilitar culparam o governo israelense pelos ataques.
Israel não fez comentários. Entretanto, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, reconheceu o papel do seu país no dia seguinte às explosões, elogiando as "excelentes realizações do Shin Bet" juntamente com o serviço de inteligência de Israel, chamado Mossad.
Investigação sobre os pagers
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Uma investigação preliminar feita pelo governo libanês concluiu que os explosivos foram implantados nos pagers antes dos dispositivos chegarem ao país, adulterados “de forma profissional” por “entidades estrangeiras”.
Ainda na semana dos ataques, uma reportagem do New York Times noticiou que os pagers com explosivos foram vendidos ao Hezbollah por uma empresa de fachada criada pelo serviço de inteligência de Israel. A reportagem se baseou nos depoimentos de funcionários do Mossad para afirmar que a empresa é a BAC Consulting KFT, apontada por diferentes fontes como envolvida na fabricação dos pagers detonados.
Os dispositivos são originalmente fabricados pela taiwanesa Gold Apollo, que emitiu comunicado afirmando que terceirizou a produção dos pagers para a BAC Consulting KFT, que tem sede na Hungria.
Segundo a reportagem do New York Times, a fabricação dos pagers explosivos começou em 2022, antes de estourar a guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza, em outubro do ano seguinte. Na época, o Hezbollah estava adotando os pagers como meio de comunicação para driblar o rastreio que Israel fazia com seus celulares.
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