Assembleia da ONU pede fim da ocupação israelense na Palestina

Resolução foi aprovada com 124 votos a favor, 14 contra e 43 abstenções

A Assembleia Geral da ONU em 18 de setembro de 2024
Foto: Bryan Smith/AFP
A Assembleia Geral da ONU em 18 de setembro de 2024

A Assembleia Geral da ONU aprovou nesta quarta-feira (18) uma resolução que pede o fim da ocupação israelense nos territórios palestinos em até 12 meses, por um placar de 124 votos a favor, 14 contra e 43 abstenções.

O objetivo da votação era o acolhimento do parecer do mês de julho da Corte Internacional de Justiça (CIJ) que classifica a ocupação israelense em territórios e assentamentos palestinos desde 1967 como ilegal e que, portanto, deveria acabar.

"A ideia é usar a pressão da comunidade internacional na Assembleia Geral e a pressão da decisão histórica da CIJ para forçar Israel a mudar o seu comportamento", disse o embaixador palestino na ONU, Riyad Mansour, na segunda-feira (16).

Israel, por sua vez, rejeitou a resolução, a primeira apresentada pela Palestina na ONU. "Esta é uma decisão vergonhosa que apoia o terrorismo diplomático da Autoridade Palestina", disse o embaixador israelense nas Nações Unidas, Danny Danon.


"Ao invés de abordar o aniversário do massacre de 7 de outubro [em Israel], condenando o Hamas e apelando à libertação de todos os 101 reféns restantes, a Assembleia Geral continua a dançar ao som da música da Autoridade Palestina, que apoia os assassinos do Hamas", acrescentou.

A resolução pede a retirada das forças israelenses dos territórios palestinos, a suspensão de novas colônias, a devolução de terras e propriedades confiscadas e a possibilidade de regresso dos palestinos deslocados.

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Também apela aos Estados "para que tomem medidas no sentido de cessar" o fornecimento de armas a Israel quando houver "motivos razoáveis para suspeitar que possam ser utilizadas no território palestino ocupado".

"Os palestinos querem viver, não [apenas] sobreviver. Eles querem estar seguros em suas casas", reforçou Mansour.

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