Brasileiro morre em aeroporto da Armênia após beber líquido em abordagem

Jonatham Lucas Araújo Lima, de 27 anos, teria falecido após ingerir um líquido não identificado durante inspeção em aeroporto

Jonatham Lucas Araújo
Foto: Arquivo pessoal
Jonatham Lucas Araújo

Um morador do Recanto das Emas, no Distrito Federal, Jonatham Lucas Araújo Lima, de 27 anos, faleceu no último dia 8 após ser abordado em um aeroporto na Armênia, um país situado entre a Ásia e a Europa. A principal suspeita é que Jonatham tenha passado mal depois de ser obrigado a ingerir um líquido ainda não identificado.

Atualmente, o caso está sob sigilo, e ainda não há informações sobre a possível presença de drogas envolvidas. O pai de Jonatham, Rogério Hipólito, revelou que "não há notícias claras sobre o que aconteceu", e que a família está aguardando mais detalhes sobre o incidente.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil confirmou que está acompanhando o caso em colaboração com as autoridades locais e com a família do brasileiro. O ministério informou que está prestando a assistência consular necessária e cuidando dos trâmites relacionados ao falecimento, mas não forneceu mais informações devido ao sigilo envolvido. Veja a íntegra da nota oficial no final do texto.

A Embaixada da Armênia no Brasil expressou solidariedade à família e afirmou que o caso é de competência da Embaixada do Brasil na Armênia. A embaixada informou que realizou um inquérito junto às autoridades armênias e que divulgará as informações assim que obtiver uma resposta oficial.

Segundo o presidente do Comitê de Receitas Públicas da Armênia, Rustam Badasyan, Jonatham faleceu a caminho do hospital. Em uma entrevista ao jornal armênio "News" na quinta-feira (15), Badasyan detalhou que, durante a inspeção no aeroporto, Jonatham foi instruído a beber o líquido encontrado em uma garrafa. "Isso não é um procedimento normal, e existe um inquérito em andamento", explicou Badasyan.

A família de Jonatham só soube do ocorrido na última sexta-feira (16), apesar de o falecimento ter ocorrido no dia 8. Rogério Hipólito contou que Jonatham havia feito uma chamada de vídeo para a família antes da viagem, mostrando-se feliz e informando sobre o trabalho. "De repente, perdemos o contato", lamenta o pai.

Ele também explicou que o filho havia sido informado pelos funcionários do aeroporto de que deveria beber o líquido ou descartá-lo. "Disseram que era uma garrafa de vinho, mas não temos mais informações além disso", disse Rogério, que também ressaltou que a família é conservadora e não consome álcool ou substâncias ilícitas.

O que Diz o Itamaraty

O Ministério das Relações Exteriores destacou que a assistência consular foi prestada conforme as diretrizes e que o traslado dos restos mortais é uma decisão da família e não pode ser custeado com recursos públicos, conforme o § 1º do artigo 257 do decreto 9.199/2017. O ministério também ressaltou que, em respeito à privacidade e à Lei de Acesso à Informação, não divulga detalhes sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros.

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