Alguns dos maiores governos da Europa lançaram neste sábado, 3, uma nota conjunta exigindo a publicação das atas de votação as autoridades da Venezuela. O objetivo é constatar vitória ou derrota de Nicolás Maduro.
Alemanha, Espanha, França, Itália, Holanda, Polônia e Portugal , em nota publicada pelo governo italiano, os países europeus demonstraram “forte preocupação” com Venezuela.
O temor vem pela acusação da oposição de Maduro ter forjado as eleições e se declarado presidente sem ter ganhado votação. A oposição vazou, supostamente, atas que confirmariam vitória de Edmundo González Urrutia , principal concorrente.
Por meio da pronúncia, os países europeus pedem para a Venezuela "publicar rapidamente todos os registros [... para] garantir total transparência" no processo.
América do Sul também faz comunicado
Alguns países da América do Sul também lançaram, nesta semana, uma nota pedindo divulgação das notas e que as autoridades "avancem de forma expedita e divulguem publicamente os dados desagregados por mesa de votação".
Quem assinou foi Brasil, México e Colômbia.
Países reconhecem vitória de González
Diversos outros países americanos , na contramão, reconheceram diretamente a vitória de González nas eleições. Foram eles:
Peru (primeiro, na terça seguinte a eleição). Depois, vieram Estados Unidos, que pressiona pelas atas, Uruguai, Equador, Costa Rica e Panamá
Argentina não se decidiu - pediu atas, depois assumiu vitória de González, e então voltou atrás.
Países aceitam Maduro na Venezuela
Ao contrário, os países que reconheceram publicamente a vitória de Maduro estão Cuba, Nicarágua, Honduras, Rússia e China.
O Brasil não reconheceu oficialmente a vitória de Maduro - embora, em um primeiro momento, Lula tenha parabenizado Maduro pela eleição. Depois, voltou a pedir atas.