Piloto Juliana Turchetti foi definida como
Juliana Turchetti/LinkedIn
Piloto Juliana Turchetti foi definida como "heroína"

A piloto Juliana Turchetti, 45, morreu nesta quarta-feira (10) nos Estados Unidos , durante uma operação de combate a incêndio. Nascida em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, ela já somava 6,5 mil horas de voo.

A carreira da aviadora se iniciou em 2007, quando se tornou instrutora de voo. Dois anos depois, ela já pilotava grandes jatos, como o Boeing 737 e o 727. Em 2013, tornou-se piloto agrícola e, em 2018, foi para os Estados Unidos, onde se especializou para ser bombeira.

Ela teve grandes conquistas em território norte-americano: foi a primeira brasileira a voar turboélice nos EUA e a pilotar o modelo Fire Boss, segundo o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag).

No LinkedIn, Juliana escreveu que "voar e combater incêndios é a combinação ideal de diferentes habilidades, desafios, trabalho em equipe e a emoção de operar em um ambiente que necessita constantemente de disciplina, coordenação, coragem, dedicação e desejo de servir".

Juliana também participou do quadro 'Quem Quer Ser um Milionário?', do Caldeirão, em 2007. Ela levou R$ 5 mil para a casa após errar a sétima pergunta da competição. "Já que eu não fiquei milionária no Caldeirão, espero ficar voando muito", brincou à época.

Acidente

Juliana participava da operação de combate ao fogo na Floresta Nacional de Helena, no estado de Montana. Segundo o Sindag, ela se acidentou quando tentou realizar uma manobra conhecida como "scooping", em que o piloto pousa o avião em um lago, capta água para o reservatório e decola em seguida. O monomotor da mineira se colidiu em algo, se despedaçou e afundou na água.

A aviadora era a única ocupante da aeronave. Seu corpo foi encontrado cerca de cinco horas depois do acidente por equipes de busca e resgate.

Em nota conjunta, os governadores de Montana, Greg Gianforte, e de Idaho (estado que emprestou o avião), Brad Little, disseram estar "profundamente tristes" pela morte e se referiram a Juliana como "heroína".

"É um verdadeiro ato de bravura correr em direção ao fogo. Unimo-nos a todos os habitantes de Montana e Idaho na oração pela família e amigos da heroína caída durante este período trágico", afirma um trecho da declaração.

Em nota de pesar, o Sindag afirmou que Juliana Turchetti é "uma mostra da força feminina no setor e da garra e profissionalismo dos pilotos brasileiros".

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