Um montanhista peruano, que estava na equipe de buscas do brasileiro Marcelo Motta Delvaux , gravou um vídeo para mostrar o buraco onde o homem natural de Juiz de Fora (MG) caiu e morreu. Assista abaixo .
Marcelo Motta estava desaparecido desde o dia 30 de junho, no Nevado Coropuna, a quarta montanha mais alta do Peru . Nas imagens, é possível ver que a greta, fissura na superfície da neve, é profunda.
Segundo a irmã do montanhista mineiro, Patrícia Delvaux, as buscas foram finalizadas e o corpo de Marcelo não poderá ser retirado do local.
"Não tem como entrar na greta pela profundidade e instabilidade do lugar. Infelizmente não há chance de ele estar vivo. Já se vão 7 dias caído", disse.
O corpo de Marcelo foi localizado através de um GPS que ele carregava no momento da escalada.
A viagem
Com mais de 25 anos de experiência, Marcelo começou a escalada do Nevado Coropuna, montanha com 6.377 metros de altitude, em 25 de junho.
Em primeiro momento, caminhou por quatro horas e montou acampamento a 4,8 km de altitude. Ficou lá até dia 27; as condições climáticas impediam avanço.
No dia 28, Marcelo alcançou a altitude 6.300 enquanto tentava alcançar o topo, mas precisou voltar ao acampamento. No dia 30, tentou novamente e alcançou o topo às 15h.
Depois de apenas cerca de 30 minutos, o aparelho de GPS mostra que ele saiu do topo. O sinal aparece, então, 100 metros abaixo.
Depois de dois dias sem sinal de movimentação, chamaram a polícia. As buscas começaram em 4 de julho e encerraram-se dia 7, domingo.
Quem era o brasileiro?
Marcelo Motta nasceu em Juiz de Fora, Mias Gerais. Era montanhista há 25 anos. Nesse meio tempo, tornou-se um dos profissionais mais experientes da área.
O homem fez mais de 150 escaladas nos Andes e Himalaia, subindo por montanhas do Peru, Argentina, Bolívia, Chile, Equador, Guatemala, Venezuela e Tibete.
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