Após a extrema direita sair na frente no 1° turno de votações na França, Paris vê protestos invadirem as ruas. As eleições legislativas desse domingo, 30, mostraram um aumento de apoiadores da direita - e resposta de eleitores da esquerda.
Centenas de pessoas foram à rua para um protesto “à francesa”: veículos em chama, quebra de vidraças e conflitos com a polícia.
O povo faz coro contra o fascismo e ideais de Marine Le Pen, líder do Reunião Nacional (RN), partido de extrema direita que saiu na frente nas votações.
Uma das principais preocupações e levantes dos manifestantes é a integração social de imigrantes e muçulmanos.
Grupos conservadores da França apoiam ideias de Le Pen de regulamentar entrada de estrangeiros na França, assim como grupos islâmicos. Entre outros, Marine também quer regular participação civil de pessoas com dupla cidadania, filhos de franceses, etc.
Publicações em redes sociais
As redes sociais reúnem dezenas de vídeos do protesto - com comentários da esquerda e da direita.
Enquanto apoiadores da esquerda do mundo inteiro compartilham os vídeos exaltando a multidão, votantes da direita afirmam que eles vão contra a democracia e não obedecem resultado das urnas.
Assista aos vídeos abaixo.
Primeiro passo da extrema direita na França
As eleições legislativas da França acontecem em dois turnos, obrigatoriamente. No primeiro turno, são eleitas para a Assembleia Nacional pessoas que obtiverem mais de 50% dos votos no distrito.
A disputa acirrada entre esquerda e direita este ano deram resultado: houve participação recorde no milênio, e 80 deputados foram eleitos em primeiro turno (contra cinco das últimas eleições).
Uma pesquisa de boca de urna revelou que o RN obteve 34% do absoluto dos votos, mais de cinco pontos percentuais na frente do segundo lugar (uma coalizão de partidos de esquerda com 28,1%) e ampla vantagem contra o partido de Macron (20%).
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Como funciona eleição do parlamento
As eleições francesas, além do descrito acima, servem a um regime semipresidencialista. A França tem um presidente, mas também tem o Parlamento e primeiro-ministro. Este pertence ao partido com mais cadeiras na Assembleia Nacional.
Normalmente, o primeiro-ministro e presidente são do mesmo partido, mas Macron arrisca governar ao lado de alguém do RN. A dupla ser de partidos diferentes aconteceu apena três vezes na França.