Visão geral do Conselho de Segurança da ONU na sede da organização em Nova York
CHARLY TRIBALLEAU
Visão geral do Conselho de Segurança da ONU na sede da organização em Nova York

A embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, disse que o governo israelense já concordou com o  cessa-fogo proposto no Conselho de Segurança da Organização, e que se o grupo terrorista Hamas fizesse o mesmo, a guerra poderia parar imediatamente.

"Hoje, o Conselho manda uma mensagem clara ao Hamas: aceite a proposta de cessar-fogo. Israel já concordou com o acordo e o conflito poderia parar hoje, se o Hamas fizesse o mesmo. Repito: o conflito poderia parar hoje", afirmou Linda Thomas-Greenfield após a aprovação da resolução.

"Queremos pressionar o Hamas para que aceite este acordo, é por isso que temos esta resolução, porque estamos prestes a conseguir algo realmente importante", acrescentou o representante dos Estados Unidos.

A diplomata sênior de Israel na ONU, Reut Shapir Ben Naftaly, por outro lago, comentou vagamente o texto Ela disse que os objetivos do país em Gaza sempre foram claros.

"Israel está comprometido com esses objetivos - libertar todos os reféns, destruir as capacidades militares e governamentais do Hamas e garantir que Gaza não represente uma ameaça a Israel no futuro," disse ela. "É o Hamas que está impedindo o fim desta guerra. O Hamas e apenas o Hamas."

O placar da votação foi de 14 votos a favor, zero contra e 1 abstenção, da Rússia. A aprovação do projeto, no entanto, não significa que as partes em guerra, Israel e Hamas, vão cumpri-lo.

Elaborada por Israel com o apoio dos Estados Unidos e apresentada ao Conselho da ONU pelos americanos, a resolução demanda que "as duas partes apliquem plenamente os seus termos, sem demora e sem condições".

O plano de trégua, dividido em três fases, tem os seguintes termos para a primeira etapa:

  • - Cessar-fogo com duração de seis semanas;
  • - Recuo das forças israelenses das áreas densamente povoadas da Faixa de Gaza;
  • - Libertação de reféns sequestrados durante o ataque do grupo terrorista Hamas e de prisioneiros palestinos detidos por Israel.

O Hamas, em comunicado, saudou a aprovação da resolução de cessar-fogo e declarou estar pronto para cooperar com os mediadores para implementar os termos do acordo.

O Egito parabenizou a aprovação da resolução, conforme comunicado do Ministério das Relações Exteriores. O país, juntamente com o Catar e os EUA, tem atuado como mediador nas negociações de trégua na guerra.

O texto da resolução, ao qual a agência de notícias AFP teve acesso, "saúda" uma proposta de trégua anunciada em 31 de maio pelo presidente americano, Joe Biden. Além disso, afirma, diferentemente das versões anteriores, que o plano foi "aceito" por Israel.

Embora Biden tenha afirmado que o plano surgiu de Israel, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que pretende continuar a guerra até acabar com o Hamas.

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