Incêndios florestais no Chile deixaram 137 mortos
Reprodução: Redes Sociais
Incêndios florestais no Chile deixaram 137 mortos

Neste sábado (25), autoridades chilenas prenderam um bombeiro e um funcionário florestal por suspeita de terem iniciado um  grande incêndio florestal na cidade turística Vina del Mar em fevereiro deste ano, que deixou 137 mortos.

O incêndio de grandes proporções aconteceu em 2 de fevereiro deste ano, como resultado de vários pequenos focos que se iniciaram simultâneamente em torno da cidade costeira de Vina del Mar, a 110 quilômetros de Santiago, a capital chilena.

"Um mandado de prisão foi emitido hoje contra a pessoa que começou os incêndios em Fevereiro na região de Valparaiso", onde Vina del Mar está situada, disse o diretor da polícia, Eduardo Cena, em conferência de imprensa no sábado.

De acordo com a imprensa local, o bombeiro tem 22 anos e é membro recente da equipe de voluntários, com quem trabalha há um ano e meio.

"Estamos completamente devastados pelo ocorrido, é um incidente totalmente isolado. Servimos Valparaíso há mais de 170 anos e não podemos permitir tais coisas", disse Vicente Maggiolo, comandante da 13ª Companhia de Bombeiros da cidade de Valparaíso, à imprensa.

Logo após o comunicado sobre o mandado de prisão contra o bombeiro, a procuradoria geral de Valparaiso confirmou a prisão do segundo suspeito pouco depois. Ele é um dos funcionários da Corporação Nacional Florestal (Conaf), o órgão responsável pelo combate aos incêndios florestais e pela gestão dos parques turísticos.

Incêndio intencional

O chefe da equipe de investigação de crimes ambientais, Ivan Navarro, disse que os detetives conseguiram identificar e reconstruir as etapas do crime cometidas pelo bombeiro, mapeando o que ele fez antes, durante e depois do crime.

"Conseguimos determinar as localizações exatas onde o incêndio começou e encontramos o dispositivo que os iniciou", disse.

"Também fomos capazes de identificar o envolvimento de uma segunda pessoa, acusada de ser a 'mente' por trás do crime", contou Navarro. Segundo ele, o cúmplice deu ao bombeiro "o conhecimento para fazer esses dispositivos, além dos momentos exatos em que ele deveria operar para que o incêndio causasse mais danos".

O Ministério Público descobriu que o grande incêndio começou com pequenos focos simultâneos próximos ao Lago Panuelas, na cidade portuária de Valparaíso. As chamas logo se espalharam pela mata, com a ajuda dos ventos e do clima seco.

"Houve aproximadamente quatro focos, com a mesma distância uns dos outros", contou o promotor Osvaldo Ossandon.

Apesar de concluírem que o ataque foi intencional, as autoridades ainda tentam descobrir os motivos por trás do grande incêndio.

"Este é, antes de mais nada, um ato de justiça e de reparação para com aqueles que perderam suas vidas no incêndio, para suas famílias, para aqueles que perderam suas propriedades, suas fontes de trabalho e sofrem até hoje", disse a ministra do Interior, Carolina Toha.

"Este é, antes de mais, um ato de justiça e de reparação para com aqueles que perderam a vida no incêndio, para com as suas famílias, para com aqueles que perderam todos os seus bens, as suas fontes de trabalho e lutam até hoje", afirmou a Ministra do Interior, Carolina Toha.

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