O Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (Norad) reportou ter detectado e rastreado quatro aeronaves militares russas operando próximas do espaço aéreo do Alasca, nos Estados Unidos , nesta quinta-feira. Segundo o órgão, as aeronaves russas permaneceram na zona internacional e não ingressaram no espaço aéreo soberano dos Estados Unidos ou do Canadá.
De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, os bombardeiros nucleares foram acompanhados por pelo menos um Su-35S e um Su-30SM durante a missão. Imagens divulgadas pela agência de notícias russa RIA Novosti, filmadas a bordo de um dos Tu-95MS, mostram as aeronaves em ação.
Os dois aviões voaram uma missão de 11 horas sobre as águas neutras do Mar de Bering, próximas à costa oeste do Alasca, acompanhados por caças Flanker armados. Em certos trechos da rota, os bombardeiros de mísseis estratégicos foram escoltados por caças de países estrangeiros.
Conheça
O modelo Tu-95, em serviço desde 1956, é utilizado nas unidades de Aviação Naval da Força Aérea russa e do Exército Aéreo da Força Aérea russa, bem como na Força Aérea indiana. Conhecido por sua longa história, o Tu-95 pode alcançar uma velocidade máxima de 650 km/h e tem autonomia de voo de 6.400 km. Esses aviões costumavam realizar patrulhas de longo alcance nos países da Otan e no espaço aéreo dos Estados Unidos durante a Guerra Fria.
Em julho de 2010, dois bombardeiros Tu-95MS, modelo Bear-H, estabeleceram um novo recorde de duração de voo, com 40 horas em patrulha, atravessando três oceanos.