A guerra entre Israel e Hamas completa seis meses neste domingo (7). O conflito já matou ao menos 33.137 palestinos na Faixa de Gaza, além de ter deixado pelo menos 75.815 feridos. Do lado israelense, cerca de 1.200 pessoas morreram nos ataques de 7 de outubro, e dezenas ainda são mantidas reféns.
Enquanto a guerra continua e os ataques avançam em Gaza, o cessar-fogo definitivo segue distante. É esperado que os negociadores retomem as discussões sobre o tema na capital do Egito, Cairo.
Em Tel Aviv, capital de Israel, dezenas de milhares de manifestantes se reuniram neste domingo para pedir a demissão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, como reporta a rede televisiva Al Jazeera. Os manifestantes pedem, ainda, uma negociação que garanta que os israelenses sequestrados pelo Hamas sejam libertados.
Netanyahu segue repetindo que Israel tem certeza da vitória na guerra que, para o país, significa o extermínio do grupo Hamas. Na prática, isso significa que um cessar-fogo é difícil de ser negociado.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) aprovou no fim de março uma resolução que pede um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, mas as ofensivas militares israelenses continuam na região.
Os Estados Unidos, apoiadores de Israel, mudaram nas últimas semanas a abordagem em relação à guerra, passando a pressionar o país por mais ajuda humanitária e proteção aos civis na Faixa de Gaza. Nesta semana, Israel aprovou a abertura de duas passagens fechadas desde o início da guerra, a fim de permitir que alguma ajuda humanitária chegue ao enclave.
Há seis meses, Gaza está isolada, com pouca comida, medicamento e energia acessando a região. Além dos ataques militares, a população palestina vivencia fome e doenças, e convive com um sistema de saúde completamente colapsado.
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