O chanceler israelense Israel Katz celebrou o apoio ao governo de Israel feito por manifestantes durante ato em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesse domingo (25), na Avenida Paulista, em São Paulo.
O ministro das Relações Exteriores agradeceu ao "povo brasileiro" e afirmou que "nem Lula conseguirá nos separar", marcando a conta oficial do presidente da República.
"Muito obrigado ao povo brasileiro por apoiar Israel. Nem Lula conseguirá nos separar", declarou Katz no X (antigo Twitter), em publicação também escrita em português, como as anteriores em que tratou do mesmo assunto.
Muito obrigado ao povo brasileiro por apoiar Israel 🇮🇱 Nem @LulaOficial conseguirá nos separar pic.twitter.com/4tX3i0L2bR
— ישראל כ”ץ Israel Katz (@Israel_katz) February 26, 2024
Katz tem publicado em seus perfis oficiais críticas recorrentes ao presidente Lula (PT), logo após o petista ter afirmado que o governo israelense tem praticado genocídio contra a população palestina e que as ações são semelhantes às praticadas por Adolf Hitler durante a Alemanha nazista.
A postura tem sido uma constante no governo de Israel, que cobra um pedido de desculpas do presidente do Brasil. Netanyahu afirmou que Lula havia "cruzado a linha vermelha" e que as falas do petista são "vergonhosas e graves". Em seguida, o governo de Israel declarou Lula "persona non grata", em medida considerada desproporcional pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Ato de Bolsonaro na Av. Paulista
O ex-presidente Jair Bolsonaro reuniu milhares de pessoas na Avenida Paulista nesse domingo, e negou as acusações de tentativa de golpe pelas quais tem sido investigado pela Polícia Federal.
"Tenho muito a falar, tem gente que sabe o que eu falaria, mas o que eu busco é a pacificação", discursou Bolsonaro. "É passar uma borracha no passado, é buscar maneiras de nós vivermos em paz", acrescentou, em apelo para que os presos pela depredação dos prédios da Praça dos Três Poderes e tentativa de golpe de Estado em 8 de janeiro sejam liberados. "Por parte do parlamento brasileiro, uma anistia para aqueles pobres coitados que estão presos em Brasília".
Bolsonaro, contudo, não negou que tenha editado a minuta de golpe de Estado encontrada pela PF no seu escritório, na sede do Partido Liberal em Brasília.
"É joia, é a questão de importunação de baleia, é dinheiro que teria mandado para fora do Brasil, é tanta coisa que eles mesmos acabam trabalhando contra si. A última agora: Bolsonaro queria dar um golpe porque tem uma minuta de um decreto de Estado de Defesa. Golpe usando a Constituição? Tenham a santa paciência. Deixo claro que Estado de Sítio começa com o presidente da República convocando os conselhos da República e da Defesa. Isso foi feito? Não", disse o ex-presidente.
"O que é golpe? Golpe é tanque na rua, é arma, é conspiração, é trazer classes políticas para o seu lado, empresariais. É isso que é golpe, e nada disso foi feito no Brasil".