Antony Blinken (esquerda) e Benjamin Netanyahu (direita) falam após reunião em Israel
Reprodução - 12.10.2023
Antony Blinken (esquerda) e Benjamin Netanyahu (direita) falam após reunião em Israel

O governo dos  Estados Unidos ficou "desapontado" após Israel anunciar que pretende aprovar a construição de 3,3 mil novas casas em assentamentos ilegais na Cisjordânia . Nesta sexta-feira (23), o secretário de Estados dos EUA, Antony Blinken , disse que o governo de Joe Biden reprova a expansão no território palestino. 

"Tenho que dizer que estamos desapontados com o anúncio [das construções na Cisjordânia]. Isso apenas enfraquece, e não fortalece, a segurança de Israel. Nossa administração mantém uma firme oposição à expansão dos assentamentos", declarou Blinken, em Buenos Aires, durante visita à Argentina. 

Em entrevista coletiva, o representante do governo Biden ressaltou que a expansão é inconsistente com o direito internacional. "Tem sido uma política de longa data dos EUA, tanto sob administrações republicanas como democratas, que novos colonatos são inconsistentes para alcançar uma paz duradoura”, advertiu. 

"Eles também são inconsistentes com o direito internacional. Nossa administração mantém firme oposição à expansão dos assentamentos. E, na nossa opinião, isto apenas enfraquece – e não fortalece – a segurança de Israel", reforçou. 


As declarações contrariam a política adotada pelos EUA sob o governo de Donald Trump. Em 2019, o então secretário de Estado, Mike Pompeo, comentou que "o estabelecimento de colonatos civis israelenses na Cisjordânia não é, por si só, inconsistente com o direito internacional". 

Expansão 

O anúncio de novas construções na Cisjordânia foi feito pelo ministro das Finanças do país, Bezalel Smotrich, nesta quinta-feira (22). Na ocasião, ele chamou a decisão de "uma resposta sionista apropriada" a um ataque a tiros que havia ocorrido na Cisjordânia.

Segundo Smotrich, a maioria das 3,3 mil unidades que seriam construídas está em áreas da Cisjordânia, a leste de Jerusalém, e outras ao sul da cidade palestina de Belém.

Para o Ministério das Relações Exteriores palestino, a decisão prejudica o debate de um cessar-fogo na guerra do Oriente Médio. 

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