Presidente da Rússia, Vladimir Putin
Kremlin - 30.10.2023
Presidente da Rússia, Vladimir Putin

Lideranças do leste europeu estão cada vez mais tensas com o avanço das tropas russas. Segundo o serviço de inteligência da Estônia , o Exército russo se prepara para um confronto com outros países europeus na próxima década .

O chefe do departamento de inteligência declarou que os planos russos de dobrar as tropas localizadas na fronteira com países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) como Finlândia , Estônia e Letônia , além da Lituânia .



“O caminho escolhido pela Rússia foi o de confronto a longo prazo. O Kremlin provavelmente está antecipando um possível conflito com a OTAN na próxima década”, declarou Kaupo Rosin, chefe do departamento de inteligência estrangeira da Estônia.

Segundo Rosin, um ataque russo no curto prazo é pouco provável , já que as tropas do país estão na Ucrânia.

Desde a invasão russa à Crimeia, outros países Bálticos aumentaram seus gastos militares em 2% e outros países da aliança militar ampliaram sua presença na região.

Além disso, a Finlândia passou a fazer parte da aliança, e a Suécia busca entrar no grupo, que conta com Estados Unidos , Reino Unido , França , Canadá , entre outros.

Segundo a Reuters, o governo alemão pretende estabelecer 4.800 tropas prontas para combate nas proximidades da fronteira com a Rússia até 2027, a maior mobilização em território estrangeiro desde a Segunda Guerra Mundial.

Em uma entrevista recente, Putin declarou que invadir Lituânia , Polônia , ou qualquer país da Otan está fora de cogitação, entretanto, só atacaria algum outro país se for atacado.

Mandado de Prisão contra lideranças

Lideranças de países que fazem fronteira com a Rússia, como Estônia e Lituânia, tiveram mandados de prisão emitidos pela polícia russa.

Kaja Kallas , primeira-ministra e o secretário de Estado da Estônia, Taimar Peterkop , e o ministro da cultura da Lituânia, Simonas Kairys , são acusados de “destruir monumentos aos soldados soviéticos”, segundo a agência de notícias Tass.

Kaja Kallas, primeira-ministra da Estonia
Reprodução/X
Kaja Kallas, primeira-ministra da Estonia

O jornal Moscow Times afirma que o mandado de prisão foi expedido após Kallas apoiar a destruição de um monumento da era soviética na cidade de Narva , que faz fronteira com a Rússia. Desde o início da guerra na Ucrânia, monumentos exaltandos soldados soviéticos foram destruídos na Estônia, Lituânia e Letônia.

Segundo a agências Tass, essa é uma das respostas “muito duras” prometidas pela Rússia após a União Europeia determinar que os lucros dos ativos russos bloqueados sejam destinados à Ucrânia.

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