Cinco países confirmam entrada no Brics; Argentina recusa convite

Ministra das Relações Exteriores da África do Sul confirma a informação; bloco passa a contar dez países-membros

A 15ª Cúpula do Brics foi realizada em Joanesburgo, na África do Sul
Foto: Ricardo Stuckert/PR
A 15ª Cúpula do Brics foi realizada em Joanesburgo, na África do Sul

A ministra das Relações Exteriores da África do Sul, Naledi Pandor, informou nesta quarta-feira (31) que cinco países confirmaram entrada no Brics. Em entrevista coletiva, a representante sul-africana disse que  Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos aceitaram o convite para integrar o bloco. A Argentina, porém, declinou. 

"Com relação às confirmações do Brics, cinco dos seis confirmaram. São eles: Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Irã… e Egito", declarou Pandor. "A Argentina escreveu para indicar que não dará seguimento a pedido da administração anterior para se tornar membro pleno do Brics, e aceitamos a sua decisão", acrescentou.

Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul decidiram incluir novos países no bloco em um encontro realizado no ano passado, em Joanesburgo . Segundo os membros, a medida ajudará a remodelar uma ordem mundial considerada "ultrapassada".

Segundo alguns especialistas, China e Rússia trabalharam fortemente pelo crescimento do bloco como meio para reduzir a força das economias de Estados Unidos e dos países da União Europeia.

Argentina fora

Em dezembro do ano passado, o presidente da Argentina, Javier Milei, já havia enviado uma carta a Lula informando que o país não entraria no Brics. No documento, o mandatário afirmou que não considerava "oportuna" a adesão. 

O Brics

Os cinco países-membros têm somados o equivalente a 41% da população mundial, índice que ajuda a dar robustez ao grupo. Apesar disso, diferente de Mercosul e União Europeia, o grupo não funciona como um bloco econômico. Assim, não há mercado comum entre as nações ou uma diretriz política unificada. Por outro lado, nos últimos anos, os membros firmaram acordos de cooperação setorial em diversas áreas, como energia, ciência e tecnolia, saúde, entre outras.