O grupo Resistência Islâmica no Iraque reivindicou a autoria do ataque com drones que matou três militares americanos e feriu outros 34 em uma base dos Estados Unidos na fronteira entre Jordânia e Síria, no último domingo (28).
A organização é um conjunto de milícias xiitas apoiadas pelo Irã, que negou qualquer envolvimento no bombardeio.
Segundo o ministro iraniano das Relações Exteriores, Nasser Kanaani, insinuações sobre uma eventual participação de Teerã no ataque buscam "revirar a realidade" do Oriente Médio, região palco de uma crescente tensão nos últimos meses devido à guerra na Faixa de Gaza.
O premiê do Reino Unido, Rishi Sunak, disse nesta segunda-feira (29) que está "preocupado" com a escalada da violência e pediu para o Irã "esfriar a tensão na região".
Enquanto isso, milícias pró-Teerã no Iraque e na Síria começaram a evacuar suas bases para escapar de possíveis represálias americanas.
Entenda o ataque
O ataque com drone à base militar americana na Jordânia, no domingo (28), deixou três mortos e 24 feridos. A agência de notícias estatal iraniana Irna publicou que o governo nega a participação no ataque, que marcou a primeira vez que tropas norte-americanas foram mortas por fogo inimigo no Oriente Médio desde o início do conlfito em Gaza.
“O representante da República Islâmica do Irã nas Nações Unidas disse no domingo à noite à Irna que o Irã não tinha ligação e não tinha nada a ver com o ataque à base dos EUA”, diz a reportagem.
Ainda no domingo, o presidente dos EUA, Joe Biden, prometeu responsabilizar os autores pelas mortes e atribuiu a culpa pelos ataques a grupos militantes apoiados pelo Irã.