Nesta terça-feira (23), a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA, na sigla inglesa) fez um alerta para a 'fome catastrófica' que assola o território palestino. De acordo com a organização, 570 mil pessoas em Gaza estão sobrevivendo em meio a falta de comida e outros recursos básicos, em decorrência das restrições impostas por Israel ao fornecimento de alimentos, água e combustível para a área.
Por meio da rede social X (antigo Twitter), a UNRWA afirmou que não tem conseguido prestar a assistência necessária em Gaza. “Também os combates intensos, recusas e restrições de acesso e cortes de comunicações estão dificultando a capacidade da UNRWA de prestar ajuda de forma segura e eficaz."
O Programa Alimentar Mundial fez um alerta para o grande risco de fome e desnutrição na região, e ainda reiterou que pouca assistência alimentar foi prestada para além da faixa sul de Gaza desde o começo do conflito.
Uma porta-voz da agência, Juliette Touma, fez uma visita à Gaza. Ela aparece em um vídeo que a ONU divulgou nesta terça-feira, mostrando pessoas em situações deploráveis de saúde. O vídeo também mostra famílias fazendo fila para conseguir comida e vivendo em moradias improvisadas.
"Essas não são condições adequadas para seres humanos", afirmou Touma, acrescentando que a situação era "absolutamente desesperadora."
A Força de Defesa de Israel (IDF), por sua vez, afirmou em publicação que, desde o início da guerra, 10 mil caminhões de ajuda humanitária entraram em Gaza. “Para sermos claros, não há limitação à quantidade de ajuda humanitária que pode entrar em Gaza", adicionou.