A Rússia afirmou que o exercício militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), chamado Steadfast Defender 2024, marca um "retorno irrevogável" da aliança ao cenário da Guerra Fria.
Na última quinta-feira (18), a Otan disse que estavam lançando seu maior exercício desde a Guerra Fria, envolvendo cerca de 90 soldados.
"Estes exercícios são outro elemento da guerra híbrida desencadeada pelo Ocidente contra a Rússia", disse o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Alexander Grushko, à agência de notícias estatal RIA neste domingo (21).
"Um exercício desta escala marca o regresso final e irrevogável da Otan aos esquemas da Guerra Fria, quando o processo de planejamento militar, os recursos e as infraestruturas estão sendo preparados para o confronto com a Rússia."
No anúncio do exercício militar, a Otan não mencionou a Rússia, mas o principal documento estratégico identifica o país como a ameaça mais significativa e direta à segurança dos integrantes da aliança.
Desde a invasão russa ao território ucraniano em fevereiro de 2022, Kiev e seus aliados ocidentais avaliaram a ação como uma apropriação de terras imperialista não provocada.
Assim, Moscou e seu principal diplomata, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Lavrov, acusaram frequentemente "o Ocidente coletivo" de conduzir uma “guerra híbrida” contra a Rússia, já que os países ocidentais enviaram ajuda financeira e militar à Ucrânia.