O premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, reiterou sua contrariedade à soberania palestina na Faixa de Gaza, elemento defendido pela comunidade internacional como parte da construção da solução dos dois Estados.
O primeiro-ministro conversou por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na noite da última sexta-feira (19) e, segundo seu gabinete, reiterou que "Israel deve manter o pleno controle da segurança na Faixa de Gaza para garantir que ela não represente mais uma ameaça".
"E isso está em conflito com a exigência de soberania palestina", acrescentou o governo Netanyahu, após a divulgação de notícias de que ele não teria se oposto à solução de dois Estados na conversa com Biden.
"Ele repetiu sua posição coerente há anos", garantiu o gabinete do premiê.
Na última sexta, o presidente americano foi questionado se a criação de um Estado palestino seria impossível com Netanyahu e respondeu que "não". "Existem diversos tipos de soluções com dois Estados.
Há países membros da ONU que não têm forças armadas, acho que é uma modalidade que poderia funcionar", ressaltou Biden.
Durante a conversa, os dois líderes, segundo a Casa Branca, também falaram sobre os "esforços para libertar todos os reféns" em poder do Hamas, enquanto Biden reiterou a Netanyahu a responsabilidade de Israel de "proteger os civis".
A guerra foi deflagrada em 7 de outubro, quando o grupo fundamentalista islâmico cometeu atentados sem precedentes em Israel, com um saldo de 1,2 mil mortos, em sua maioria civis.
Desde então, as autoridades de Gaza dizem que a reação israelense já vitimou 24.927 palestinos, incluindo cerca de 10 mil crianças.