O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou nesta sexta-feira (12) que as forças houthis do Iêmen são"terroristas". A declaração do mandatário se deu após aviões de guerra, navios e submarinos americanos e britânicos terem realizado dezenas de ataques aéreos em todo o território do Iêmen na madrugada de quinta para sexta.
O americano ainda afirmou que Washington responderá aos houthis se eles continuarem com o comportamento que ele definiu como "ultrajante".
Autoridades dos EUA e do Reino Unido afirmam que seus ataques no Iêmen foram uma retaliação a meses de ofensivas do movimento contra navios no Mar Vermelho, que o grupo apoiado pelo Irã apresentaram como uma resposta à guerra em curso em Gaza. Até o momento, o conflito no Iêmen representa uma das demonstrações mais dramáticas da ampliação do que vem acontecendo em Gaza.
"Acho que sim", disse Biden a repórteres nesta sexta-feira, quando questionado se ele estava disposto a chamar os houthis de grupo "terrorista".
Mais cedo nesta sexta, a Casa Branca afirmou que os Estados Unidos não querem guerra com o Iêmen, mas que isso não os impedirá de tomar novas medidas.
"É irrelevante se eles são designados (como terroristas). Reunimos um grupo de nações (que) vai dizer que se eles continuarem a agir e se comportar como fazem, nós responderemos", disse Biden aos repórteres.
Os houthis fazem parte de um movimento armado apoiado pelo Irã que controla a maior parte do Iêmen na última década. Desde outubro, rebeldes do grupo têm atacado a navegação na foz do Mar Vermelho uma das rotas comerciais mais movimentadas do mundo. Os ataques forçaram os navios a mudarem a rota e seguir caminhos mais longos.
Os houthis dizem que sua ofensiva é uma demonstração de apoio aos palestinos sitiados por Israel em Gaza, governada pelo Hamas.