Equador: 139 pessoas estão reféns em prisões e 41 foram soltas

Brasil ofereceu apoio da Polícia Federal ao país vizinho

Cinco suspeitos da onda de violência no Equador, classificados como “terroristas”, foram mortos, informaram as Forças Armadas do país
Foto: Reprodução / TV Band - 11.01.2024
Cinco suspeitos da onda de violência no Equador, classificados como “terroristas”, foram mortos, informaram as Forças Armadas do país

As Forças Armadas do Equador informaram nesta quinta-feira (11) que  cinco suspeitos da onda de violência no país, classificados como "terroristas", foram mortos; 329 presos e que 41 reféns foram libertados.

Segundo o serviço penitenciário do país, também foram capturados 28 detentos que fugiram das prisões, mas 139 pessoas ainda estão reféns no cárcere.

O comandante do Exército, Nelson Proaño, sinalizou que a maior parte dos presos pertence às facções Tiguerones, Lobos e Choneros .

Trata-se do primeiro balanço oficial sobre as operações realizadas  desde o início da crise de segurança do país.

Um grupo de criminosos do país que reivindica parte dos ataques divulgou um vídeo pedindo desculpas à população e  acusando o presidente, Daniel Noboa, pela onda de violência que, até o momento, provocou ao menos 13 vítimas.
No vídeo, cerca de 20 pessoas aparecem, e um homem lê um comunicado: "Saudamos todo o país e nos desculpamos pelas desordens, sobretudo a vocês pobres, que são os mais atingidos".

Na mensagem, o chefe de Estado é descrito como um "rapaz rico com seu ego de super-herói", e é feito um aceno para possíveis negociações com o governo, a exemplo do que já ocorreu com a Colômbia e seu acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

Em meio ao estado de emergência no país, o  Brasil colocou a Polícia Federal (PF) à disposição das autoridades do Equador.

"Enviei uma mensagem ao diretor da polícia do Equador, César Zapata, e outros dirigentes da Ameripol, colocando nossos agentes à disposição e oferecendo ajuda", disse o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.

Segundo ele, o Brasil poderia colaborar com ações de inteligência e troca de informações.

presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discutiu o assunto em Brasília nesta quarta-feira (10) com o chanceler, Mauro Vieira, e o assessor Celso Amorim.
Um cidadão brasileiro, Thiago Allan Freitas, que estava entre os sequestrados em Guayaquil, foi libertado também na quarta, segundo a embaixada brasileira em Quito.