Países vizinhos oferecem ajuda para o Equador enfrentar crise

Até o momento, 329 pessoas foram presas, 12 pessoas morreram e cerca de 140 guardas foram sequestrados

Onda de violência no Equador
Foto: Reprodução: Redes Sociais
Onda de violência no Equador

Após a instalação de um decreto de "conflito armado interno" no Equador , por conta da crise de segurança que o país enfrenta , nações vizinhas ofereceram ajuda militar, policial, entre outras, para as autoridades equatorianas lidarem com a onda de violência. Até o momento, 329 pessoas foram presas, 12 pessoas morreram e cerca de 140 guardas foram sequestrados.

Em uma carta conjunta elaborada pelo Chile, os países da América do Sul manifestaram “seu mais enérgico rechaço” à violência das gangues. Eles transmitiram “seu explícito e inequívoco respaldo e solidariedade ao povo e às autoridades do Equador”. 

A ministra de Segurança argentina, Patricia Bullrich, declarou que a crise no Equador é uma questão continental e ofereceu apoio militar ao país. 

"Estamos dispostos a ajudá-los e a enviar forças de segurança, se necessário, para ajudar o Equador. É uma questão continental. O que acontece no Equador, na Colômbia, no Peru, na Bolívia influencia a Argentina. Temos que nos proteger disto [narcóticos] como país e como continente", disse Bullrich.

O Brasil emitiu uma nota de solidariedade ao povo equatoriano .

"O governo brasileiro acompanha com preocupação e condena as ações de violência conduzidas por grupos criminosos organizados em diversas cidades no Equador. Manifesta também solidariedade ao governo e ao povo equatorianos diante dos ataques. O governo segue atento, em particular, à situação dos cidadãos brasileiros naquele país. O plantão consular do Itamaraty pode ser contatado no número +55 61 98260-0610 (inclusive WhatsApp)", diz o Itamaraty.


O que acontece no Equador?

Na última terça-feira (9), o Equador teve novos episódios de violência extrema, marcados pela invasão a uma universidade em Guayaquil e a uma emissora de TV local por homens armados; ao sequestro de oito pessoas, sendo uma delas um brasileiro; e explosões na província de Esmeraldas. Os ataques fizeram com que o país decretasse Conflito Armado Interno e o Ministério da Educação suspendesse as aulas até a próxima sexta-feira (12).

A declaração de conflito armado interno, que determina que as Forças Armadas devem "neutralizar" 22 grupos criminosos, que são agora considerados "organizações terroristas".

Ainda, o decreto determina que as operações ocorram com base no Direito Internacional Humanitário e de modo que respeite os direitos humanos.

Até o momento, o presidente também instalou um decreto de estado de exceção no Equador, que tem prazo de 60 dias e restringe os direitos dos equatorianos de locomoção (toque de recolher entre às 23h e às 5h), reunião e privacidade de domicílio e de correspondência.