G7 cogita confiscar ativos russos e Kremlin prepara resposta

O grupo estuda enviar os ativos à Ucrânia, para a reestruturação do país no pós-guerra

Presidente da Rússia, Vladimir Putin
Foto: Kremlin - 30.10.2023
Presidente da Rússia, Vladimir Putin

Líderes do G7, grupo de países mais industrializados do mundo, estudam confiscar legalmente ativos russos após a última semana de intensos ataques da Rússia na Ucrânia . Desde o início da guerra, eles já bloquearam mais de US$ 300 bilhões da nação russa.

O grupo, composto por: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, ainda não confirmou o confisco e nem para onde os ativos seriam destinados, mas há uma especulação que eles seriam encaminhados à Ucrânia, para a reestruturação do país no pós-guerra.

Caso isso aconteça, o Kremlin ameaçou reagir com ativos estrangeiros, que tomaria em represália a qualquer ação parecida do Ocidente.

“Obviamente, estudamos uma resposta possível com antecedência. E atuaremos de forma a atender melhor aos nossos interesses”, afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, para a agência de notícias estatal Tass.

Ele também afirmou que Moscou estava cogitando uma retaliação devido à “total imprevisibilidade de nossos interlocutores e sua propensão a desrespeitar o direito internacional e outras normas”.

Para o Kremlin, a possibilidade de bloquear os ativos russos é vista como “pura pilhagem”.

Na última semana de 2023, a Rússia realizou um intenso ataque contra a Ucrânia , deixando mais de 50 mortos, segundo a Administração Militar de Kiev (Kmva).

Nesta terça-feira, forças russas voltaram a atacar a Ucrânia com mísseis e drones, atingindo residencias e infraestruturas civis em todo o país. Segundo as autoridades ucranianas, ao menos cinco pessoas morreram e 112 ficaram feridas.

Até o momento, a guerra entre Rússia e Ucrânia já deixou mais de 200 mil mortos e 400 mil feridos, segundo uma estimativa realizada pelos oficiais das Forças Armadas dos Estados Unidos.