Subiu para 39 o número de mortes registradas na Ucrânia após o ataque massivo da Rússia desde a noite de quinta-feira (28). O prefeito de Kiev, Vitaliy Klitschko, informou na manhã deste sábado (30) o número de vítimas capital ucraniana chegou a 16 depois que socorristas encontraram três corpos sob escombros. As buscas continuam.
Em Zaporizhzhia, o ataque de sexta-feira deixou ao menos nove mortos, segundo o prefeito interino da cidade no sudeste do país, Anatolii Kurtiev. Também há registros de ao menos 159 feridos.
Segundo o Ministério Público da Ucrânia, ao menos seis crianças e adolescentes menores de idade ficaram feridos nos ataques.
Desde o início da invasão russa, 513 crianças morreram devido à guerra e mais de 1.167 ficaram feridas.
Após o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, prometer na manhã de sexta que "Kiev se vingará e lutará para garantir a segurança do país", o país lançou uma tentativa de contraofensiva.
O principal ataque ucraniano da última noite em território russo ocorreu em Briansk, no leste do país.
Neste sábado, o governador da região russa de Briansk, Alexander Bogomaz, informou que uma criança de nove anos morreu.
No local, um grupo de drones atingiu a fábrica Silicon El, um dos principais fabricantes de eletrônicos para equipamentos militares russos, especialmente mísseis de longo alcance e sistemas de defesa aérea.
Além disso, a fábrica química de Briansk dedicada ao 50º aniversário da antiga URSS também foi atacada. Explosões foram registradas em várias instalações militares em Belgorod, Tula, Tver e Moscou.
"A defesa aérea russa conseguiu derrubar parte dos Uav (drones) ucranianos, mas um número significativo deles atingiu efetivamente seus alvos. Ao contrário dos ataques terroristas russos no território da Ucrânia, as forças de segurança e defesa da Ucrânia atingiram exclusivamente estruturas militares inimigas," disseram fontes.
Anteriormente, o Ministério da Defesa russo havia anunciado que suas forças derrubaram 32 drones ucranianos nas regiões de Moscou, Briansk, Kursk e Oryol na noite passada.
Na noite de sexta-feira, durante reunião do Conselho de Segurança da ONU, o representante de Moscou disse, no entanto, que o país "lançou ataques apenas contra infraestruturas militares": "A responsabilidade pelas vítimas civis está no sistema de defesa aérea de Kiev. Esperem as piores notícias no futuro próximo".