O Secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, se manifestou na quinta-feira (7) em oposição ao plebiscito de anexação da região de Essequibo pela Venezuela.
O referendo, convocado por Maduro no último final de semana, foi votado por eleitores venezuelanos que aprovaram a criação de um novo Estado na Guiana. A região equivale a dois terços do território da Guiana e é uma região de interesse por ser rica em petróleo.
“Não vejo absolutamente nenhum argumento para uma ação unilateral por parte da Venezuela, que está errada, deve parar” disse Cameron.
O Secretário e ex-premiê argumenta que as fronteiras foram estabelecidas em 1899, quando o laudo arbitral de Paris concedeu aos britânicos a soberania sobre a Guiana.
O discurso foi feito em uma declaração conjunta com Antony Blinken, Secretário de Estado dos Estados Unidos, em Washington.
Cameron chamou a medida de "retrógrada": “Espero ter alguns telefonemas mais tarde com o presidente da Guiana e outros na região para tratar de assegurar que este passo tão retrógrado que se deu não vá mais além”.
A Venezuela não reconhece o acordo de 1899, apesar de os venezuelanos terem aceitado a decisão do tribunal arbitral e o resultado do laudo por décadas. À época, a posição oficial do governo do país foi se impor à Organização das Nações Unidas (ONU) alegando fraude no julgamento.