As Forças de Defesa de Israel afirmaram nesta quarta-feira (22) que "vão continuar a guerra" contra o Hamas após o período de quatro dias de trégua na Faixa de Gaza se encerrar.
"O governo israelense, o Exército israelense e as forças de segurança vão continuar a guerra para trazer de volta todas as pessoas sequestradas, eliminar o Hamas e garantir que não exista nenhuma ameaça para o Estado de Israel vinda de Gaza", disse Israel em nota enviada à AFP.
O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu , declarou que "Israel está em guerra".
"Quero esclarecer: estamos em guerra, continuaremos em guerra até atingirmos todos os nossos objetivos. Destruiremos o Hamas, traremos todos os nossos sequestrados e desaparecidos de volta e garantiremos que em Gaza não haverá nenhum partido que represente uma ameaça a Israel", disse o premiê.
Com a trégua, Israel permitiu a entrada de mais ajuda humanitária em Gaza. Dessa forma, a expectativa é que entre 300 caminhões com auxílio médico e combustível pela fronteira de Rafah, com o Egito.
O acordo
Na noite de terça-feira (21), Israel e Hamas negociaram e chegaram a um acordo . Os israelenses irão cessar-fogo por quatro dias e a organização extremista irá libertar 50 reféns que estão capturados desde o dia 7 de outubro, data do início do conflito.
O acordo prevê a libertação de 30 crianças e 20 mulheres, incluindo oito mães, pelo Hamas. Israel também se comprometeu a libertar prisioneiros palestinos, segundo comunicado da organização palestina.
Ainda, o gabinete de Netanyahu informou que para cada 10 reféns adicionais libertados, a suspensão de bombardeio seria prolongada por um dia, sem mencionar em troca a libertação de prisioneiros palestinianos.
Segundo a mídia local, a libertação dos capturados deve acontecer a partir de quinta-feira (23). Desde o início dos conflitos, 240 pessoas foram sequestradas pelo Hamas.
A guerra já dura 47 dias na Faixa de Gaza e já deixou mais de 15 mil mortos, sendo 14,1 mil palestinos e 1.400 israelenses.