Eleito, Milei reafirma plano de fechar o Banco Central da Argentina

O vencedor da eleição disse, em sua primeira entrevista, que vai controlar a inflação em 18 a 24 meses e dolarizar a economia do país

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Javier Milei, presidente eleito da Argentina


O presidente eleito da Argentina , Javier Milei , reafirmou nesta segunda-feira (20) - dia seguinte à confirmação do resultado eleitoral - sua intenção de fechar o Banco Central, dolarizar a economia da Argentina e promete conter a inflação (que agora está em cerca de 140% ao ano) num prazo de 18 a 24 meses.

Em sua primeira entrevista como futuro presidente, Milei classificou o fechamento do Banco Central como uma “obrigação moral”, e declarou que a moeda adotada pelo país em seu governo será “aquela escolhida pelos indivíduos".


Milei, ultraliberal que representa a extrema-direita argentina, também disse que por enquanto deverá manter a taxa de câmbio, sem levantar a limitação ao estoque de dólar dos bancos do país que foi imposta pelo governo do atual presidente, Alberto Fernández, como forma de tentar controlar o saldo da moeda estadunidense.

"Antes de levantar a limitação ao estoque do dólar, é preciso resolver o problema da Leliq (taxa básica de juros). Vamos tentar fazer isso o mais rápido possível, porque se for assim a sombra da hiperinflação estará aqui o tempo todo.”