Argentina não deve entrar no BRICS, diz potencial ministra de Milei

Diana Mondino, principal cotada ao Ministério das Relações Exteriores argentino, diz que "não vê motivos para tanto interesse"

Diana Mondino
Foto: Reprodução
Diana Mondino

A principal cotada ao Ministério de Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, disse à Sputnik que o país não deve se juntar ao BRICS . Ela é a principal escolha do recém-eleito presidente,  Javier Milei, para comandar a pasta a partir de 2024. 

Mondino disse não saber "por que há tanto interesse nos BRICS". O grupo é formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, inicialmente, mas vem aprovando a adesão de novos membros, como Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Irã e, até então, a Argentina.  

"Não", disse ela quando questionada se o país aderiria ao BRICS em 1º de janeiro de 2024. "Não entendemos [...] qual seria a vantagem para a Argentina neste momento. Se depois resultar que há uma vantagem, é óbvio que a analisaremos", acrescentou.

O deputado de extrema-direita Javier Milei se sagrou vencedor das eleições na noite deste domingo (19) com 55,69% dos votos, sobre o atual ministro da economia, Sergio Massa, candidato governista. 

Massa e o atual presidente Alberto Fernández são entusiastas da ideia de ingressas no bloco. Em setembro, o ministro das Relações Exteriores da Argentina, Santiago Cafiero, se reuniu em Nova York com seu homólogo da China, Wang Yi, para discutir a perspectiva de o país ingressar no BRICS

A candidatura da Argentina para entrar no BRICS foi formalizada pelo presidente Alberto Fernández na última cúpula virtual do grupo, em junho.