'Israel não vai governar Gaza', afirma Netanyahu

Para o primeiro-ministro israelense, o objetivo é fazer com que o Hamas deixe o comando de Gaza

Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu
Foto: Kobi Gideon, GPO - 26.10.2023
Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu

primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu falou sobre a situação na Faixa de Gaza após militares israelenses terem cercado todo o território na última semana. O premiê afirmou que “não pretende conquistar Gaza”, em entrevista à Fox News na noite de quinta-feira (9).

O premiê declarou ainda que os rumores sobre querer ocupar Gaza e a Cisjordânia, fazendo com que os palestinos saiam do território, é inverídico. “Não procuramos deslocar ninguém”, disse Netanyahu.

Ele justifica dizendo que o objetivo da retirada da população do norte de Gaza é para colocar os civis em segurança. Isso ocorre porque, segundo as Forças Israelenses, o centro de operação do Hamas fica no norte da região, e as operações militares são mais intensas nessa área.

Para Netanyahu, a intenção é fazer com que o Hamas saia de Gaza. “O que temos de ver é Gaza desmilitarizada, desradicalizada e reconstruída. Tudo isso pode ser alcançado”, continuou.

“Não pretendemos conquistar Gaza. Não pretendemos ocupar Gaza. E não pretendemos governar Gaza”, acrescentou o premiê israelense. Ele não indicou que a Autoridade Palestina, que governa a Cisjordânia, também comandaria o território de Gaza. Netanyahu afirmou que pretende “encontrar um governo civil que esteja lá”.


Mais de um mês de guerra

Após mais de um mês de conflito entre Israel e Hamas, o número de mortos chega a 11,7 mil . Somente em Gaza, os mortos somam 10.569. Em Israel, são 1.400 vítimas, segundo o balanço do Ministério da Saúde palestino.

Com o avanço dos ataques terrestres, o número de pessoas evacuando a parte norte de Gaza aumenta a cada dia. De acordo com estimativas da Organização das Nações Unidas (ONU), 1,5 milhão de palestinos já deixaram suas casas desde o início da guerra, o que representa cerca de 70% da população do enclave .