O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, rejeitou novamente nesta quarta-feira (8) os pedidos de um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza.
O conflito entre o grupo fundamentalista islâmico Hamas e o Israel começou há um mês e, até o momento, mais de 10 mil pessoas morreram, e cerca de 70% da população do enclave palestino deixaram suas casas.
"Aqueles que pedem um cessar-fogo imediato têm a obrigação de explicar como lidar com o resultado inaceitável que provavelmente resultaria", disse Blinken em uma entrevista coletiva em Tóquio, no Japão, após o G7.
O norte-americano ainda mencionou que o Hamas tem "capacidade" e "intenção declarada de repetir novamente" o ataque terrorista de 7 de outubro.
Em sua breve conversa com jornalistas, Blinken também comentou que Israel não deve "reocupar" Gaza.
Blinken e Tajani
O ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, afirmou que teve uma reunião bilateral com Blinken.
"Surgiu uma identidade de pontos de vista entre a Itália e os EUA, naturalmente em defesa do direito de Israel existir e defender-se, mas a favor de uma reação proporcional", explicou o político italiano.
Tajani acrescentou que ambos concordaram que o Hamas deveria libertar todos os reféns "sem colocar condições".
"Somos todos a favor da suspensão das atividades militares para permitir que a população civil se dirija para o sul da Faixa de Gaza através de corredores humanitários", acrescentou.
As forças israelenses anunciaram que um corredor humanitário de norte a sul do enclave foi aberto temporariamente ao longo da estrada Salah ad Din.