O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, desistiu de visitar Israel nesta terça-feira (7), como havia sido planejado, após a informação de sua viagem vazar no último final de semana. Com isso, de acordo com as informações, a visita deve ser adiada.
Fontes diplomáticas israelenses disseram que é esperado que a viagem aconteça, mas uma nova data ainda não teria sido definida, informou o jornal Times of Israel .
"Se o presidente Zelensky vier, será recebido de braços abertos", disse uma autoridade israelense no último domingo (5).
A visita ocorreria nesta terça, mas será adiada após o Canal 12, de televisão de Israel, vazar a informação.
"Ele queria que a viagem fosse pública quando pisasse em solo israelense", disse um diplomata ucraniano ao Times of Israel
. "Ele está muito desapontado."
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e Zelensky não visitam os países um do outro desde o início da invasão russa à Ucrânia, em fevereiro de 2022. No entanto, de acordo com o jornal isralense, após Moscou tentar apresentar soluções contra Israel na Organização das Nações Unidas (ONU) e deixar de considerar o Hamas como um "grupo terrorista", Jerusalém pode tentar se aproximar de Kiev.
Embora não tenham feito visitas aos países um do outro, Zelensky e Netanyahu tiveram uma reunião em setembro, antes do ataque surpresa do Hamas a Israel, que levou à guerra no Oriente Médio.
Nesta terça, o conflito completa um mês de duração e ainda não há previsão de fim. Segundo último boletim do Ministério da Saúde de Gaza, o número de mortos em ataques israelenses na Faixa de Gaza subiu para 10.328, incluindo 4.237 crianças e 2.2719 mulheres. Mais de 25.965 pessoas ficaram feridas nos ataques desde 7 de outubro.
O conflito tem um total de mais de 11.500 mortes, já que do lado israelita são 1.405.
Foco da Ucrânia
No último sábado (4), Zelensky expressou preocupações com o desvio da atenção internacional da guerra na Ucrânia para o conflito entre Israel e o Hamas.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, realizou uma visita a Kiev para participar de conversas relacionadas à potencial adesão da Ucrânia à União Europeia e ao apoio financeiro que a UE pode fornecer para auxiliar na transformação do país.
"É verdade que a atenção do mundo está mais focada agora no Oriente Médio. Mas eu já tinha planejado essa viagem (a Kiev) há muito tempo, admitiu", declarou a presidente.