Líder supremo do Irã pede que países muçulmanos boicotem Israel

Ali Khamenei pediu que países deixem de enviar petróleo e itens básicos a Israel, como forma de exigir que os bombardeios em Gaza sejam interrompidos

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Ali Khamenei, líder supremo do Irã

O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, pediu nesta quarta-feira (1º) que os Estados muçulmanos realizem um boicote a Israel, deixando de exportar petróleo e outros itens essenciais para o país.

Segundo ele, os países muçulmanos devem fazer isso em resposta às mortes de palestinos na Faixa de Gaza. Segundo as informações mais atualizadas, mais de 8,7 mil pessoas foram mortas na região . Para Khamenei, é necessário uma "cessação imediata dos bombardeios e crimes que estão ocorrendo em Gaza".

"Nossos corações estão sangrando por causa dos sofrimentos do povo palestino, especialmente do povo de Gaza. No entanto, quando olhamos mais de perto o que está acontecendo, percebemos que os vencedores desta batalha são os povos de Gaza e da Palestina, pois foram capazes de fazer grandes coisas", disse Khamenei.

Para o líder iraniano, a vitória de Gaza se dá pela capacidade de "despertar a consciência humana com a sua paciência", mobilizando manifestações em várias partes do mundo a favor da causa palestina.

Khamenei acrescentou, ainda, que o Ocidente é culpado pelo que acontece em Gaza e que, se não fosse o apoio dos Estados Unidos, "o regime sionista ficaria paralisado em questão de dias".

Um sua fala nesta quarta-feira, o líder do Irã, que apoia o Hamas, voltou a negar que o grupo seja terrorista. "Quando uma pessoa defende a sua própria casa ou país, isso faz dela um terrorista? Quando os franceses lutaram contra os alemães em Paris, na Segunda Guerra Mundial, isso os tornou terroristas? Como é que eles eram considerados combatentes e uma fonte de orgulho para a França, mas se considera os jovens da Jihad Islâmica e do Hamas como terroristas?", questionou.