Campo de refugiados é bombardeado em Gaza e deixa 50 mortos

Netanyahu nega chance de um cessar-fogo na região

Bombardeios de Israel destruíram parte de Gaza nos últimos dias
Foto: Divulgação
Bombardeios de Israel destruíram parte de Gaza nos últimos dias

As  forças militares de Israel efetuaram um ataque aéreo contra um campo de  refugiados na Faixa de Gaza, território palestino controlado pelo grupo islâmico Hamas, na terça-feira (31). O diretor do Hospital Indonésio de Gaza disse à rede de televisão Al Jazeera que mais de 50 palestinos foram mortos e 150 ficaram feridos.

Nesta quarta-feira (1º), Israel realizou um novo ataque no campo de refugiados de Jabalaia. Ele é considerado o maior local de refúgio da região e existe desde 1948.

Ademais, segundo a agência da ONU para os palestinos, há 16 escolas dentro de Jabalaia. O governo local fala em "muitas vítimas", mas sem detalhar os números.

À medida que a batalha dentro do território palestino governado pelo Hamas se intensifica, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, rejeita apelos internacionais para a suspensão dos combates.

Israel, por sua vez, afirmou que suas forças lutaram contra homens armados do Hamas dentro da vasta rede de túneis dos militantes sob Gaza. Os túneis são um objetivo primordial para Israel, que expande as operações terrestres dentro de Gaza para eliminar o Hamas, responsável por centenas de mortes de civis em uma festa em território israelense, no início de outubro . Foi esse ataque que desencadeou o atual capítulo de uma  guerra histórica entre israelenses e palestinos.

“No último dia, as IDF (Forças de Defesa de Israel) juntas atingiram aproximadamente 300 alvos, incluindo mísseis antitanque e postos de lançamento de foguetes abaixo de poços, bem como complexos militares dentro de túneis subterrâneos pertencentes à organização terrorista Hamas”, disseram os militares israelenses em um comunicado.

Também através de um comunicado, o Hamas afirmou que os seus combatentes estavam envolvidos em batalhas com as forças terrestres israelenses que, segundo eles, estavam sofrendo perdas. “A ocupação está empurrando os soldados para a orgulhosa Gaza, que será sempre o cemitério dos invasores”, disse o Hamas.


Apelos da comunidade internacional

O crescente número de mortos atraiu apelos dos Estados Unidos, principal aliado de Israel, de outros países e da ONU para uma pausa nos combates, a fim de permitir que mais ajuda humanitária chegue ao enclave sitiado, onde há escassez de alimentos, combustível, água potável e medicamentos.

Netanyahu disse, nessa segunda-feira (30), que Israel não concordaria com a cessação das hostilidades e prosseguiria com seus planos de eliminar o Hamas. “Os pedidos de cessar-fogo são pedidos para que Israel se renda ao Hamas, se renda ao terrorismo, se renda à barbárie. Isso não acontecerá”, disse Netanyahu em comentários televisionados.

*Com informações da Agência Reuters