Ao menos 80 pessoas foram detidas após o 'cerco' contra judeus e israelenses que chegavam de um voo vindo de Israel no aeroporto de Makhachkala, capital da república russa do Daguestão, de maioria muçulmana, no último domingo (29).
Um relatório sobre o ocorrido, segundo o site de notícias russo Kommersant , foi entregue ao SKR, o equivalente do FBI na Rússia, para investigação.
Conforme o documento, cerca de 150 suspeitos de participarem dos atos foram identificados e as buscas continuam.
Na ocasião, em uma tentativa de acalmar a multidão, a polícia pareceu, em certo ponto, concordar que os líderes do protesto embarcarcassem no avião para verificar se havia algum judeu a bordo, de acordo com o relatório.
O plano, no entanto, teria sido frustrado quando os manifestantes começaram a gritar “Allahu akbar” ('Alá é Grande', na tradução do árabe) e a insultar os policiais.
Nove agentes ficaram feridos e dois deles foram internados, segundo o Kommersant .
Ontem, a Rússia acusou a Ucrânia de desempenhar um "papel fundamental" no motim.
"O regime criminoso de Kiev desempenhou um papel direto e fundamental na execução do mais recente ato destrutivo", disse a porta-voz de Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, em comunicado.
No dia anterior, no entanto, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, chamou o ocorrido de "antissemitismo russo e ódio sistêmico contra outras nações".