O mandato do Brasil na presidência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) termina nesta terça-feira (31). O país comandou o órgão por um mês, com a liderança do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira . Por conta da rotatividade, a China assume o grupo agora em novembro e o Equador em dezembro.
O Conselho é responsável por monitorar a segurança internacional. Quinze países fazem parte deste grupo e todos têm direito a voto. Cinco deles são integrantes permanentes: Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido e China. Eles têm direito ao veto, ou seja, se um deles se posicionar contra uma resolução, ela não entra em vigor.
Os outros dez países que ocupam as vagas rotativas são: Brasil, Albânia, Equador, Emirados Árabes, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique e Suíça.
Neste mês, o conflito entre Israel e Hamas, iniciado em 7 de outubro , foi protagonista no Conselho da ONU. Após a instalação da guerra, no dia 18 de outubro, o Brasil ainda apresentou uma resolução pedindo um cessar-fogo na região, a abertura de corredores humanitários e a possibilidade de ampliação da ajuda humanitária no território palestino.
O texto teve ampla aprovação, com 12 votos favoráveis. No entanto, os Estados Unidos vetaram o documento , alegando que a resolução não citava o direito da autodefesa dos israelenses.
Na segunda-feira (30), Mauro Vieira presiu a última sessão de emergência do mês e afirmou que o órgão "falha miseravelmente" ao não colocar um fim no conflito entre Israel e Hamas.
Para o ministro, o Conselho faz reuniões e ouve discursos “sem ser capaz” de tomar a decisão de “pôr fim ao sofrimento humano no território” da Faixa de Gaza. Ele afirmou ainda que o órgão “tem os meios para fazer algo”, mas “repetida e vergonhosamente” falha.
Além da resolução brasileira, o Conselho da ONU já rejeitou duas propostas da Rússia e uma dos Estados Unidos .