Nesta quarta-feira (18), as Forças de Defesa de Israel acusaram o grupo extremista islâmico Hamas de inflar o número de vítimas do ataque a um hospital na Faixa de Gaza, que deixou centenas de mortos nessa terça (17), segundo as autoridades palestinas. Os militares afirmaram que o local não foi diretamente atingido pelo bombardeio.
Ainda ontem, o Hamas acusou Israel de ter sido o autor do bombardeio, mas o governo israelense negou e disse que a instituição foi atingida por um foguete do grupo extremista Jihad Islâmica. Militares divulgaram imagens aéreas da região do hospital antes e depois do ataque, afirmando que não há sinais visíveis de crateras ou danos significativos nos prédios ao redor.
Os israelenses também se defenderam dizendo que os ataques feitos pelas Forças de Defesa de Israel geralmente deixam crateras, citando um bombardeio que deixou uma cratera de 19 metros de diâmetro.
"A análise das nossas imagens aéreas confirma que não houve impacto direto no próprio hospital. O único local danificado está fora do hospital, no estacionamento, onde podemos ver sinais de incêndio, sem crateras e sem danos estruturais nos edifícios próximos", afirmou em comunicado.
O país ainda divulgou uma gravação do que seriam dois operadores do Hamas conversando sobre o ataque ao hospital. No áudio, membros do grupos diziam, segundo os militares israelenses, que o foguete se parece com um artefato da Jihad Islâmica e que o disparo teria vindo de um cemitério perto do hospital.
O governo israelense disse que conduziu uma investigação supervisionada baseada em relatórios de inteligência, sistemas operacionais e imagens aéreas.
Os radares israelenses identificaram foguetes que foram lançados por terroristas dentro da Faixa de Gaza no momento em que aconteceu a explosão, afirmaram os militares.
"A análise da trajetória confirma que os foguetes foram disparados nas proximidades do hospital", continuaram as Forças de Defesa.
Israel informou que, no total, 450 foguetes disparados dentro de Gaza desde o início do conflito, no último dia 7, falharam e caíram na região. Os artefatos, de acordo com os militares, teriam atingido os palestinos.