A escalada de violência no conflito entre Israel e Hamas levou à e xplosão do hospital Ahli Arab, na cidade de Gaza , a principal da Faixa de Gaza, nesta terça-feira (17).
Israel acusou o grupo extremista Jihad Islâmica pelo ataque. Um porta-voz do grupo extremista negou a autoria.
O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, decretou três dias de luto oficial em memória das vítimas do ataque ao hospital Ahli Arab . Ele classificou o ocorrido como um massacre, acrescentando mais tensão a uma região já dilacerada pelo conflito.
Quem é Jihad Islâmica
A Jihad Islâmica Palestino (JIP), conhecida por Jihad Islâmica, é uma organização paramilitar fundada em 1981 pelo médico Fathi Shaqaqi e outros estudantes universitários palestinos. O grupo foi criado no Egito, e estabeleceu operações na Palestina após o retorno de seus fundadores a Gaza.
O objetivo da organização é estabelecer um Estado palestino dentro das fronteiras geográficas da Palestina antes da criação do Estado de Israel por meio da “jihad”, que é o uso dos ataques terroristas para impor uma doutrina religiosa. Assim como o Hamas, a Jihad foca sua atuação militar contra Israel e repudia a possibilidade de negociar com israelenses.
O grupo atua principalmente em Gaza, mas também tem núcleos na Cisjordânia, no Líbano e na Síria.
Assim como outras organizações extremistas como o Hamas e o Hezbollag, a Jihad tem “separações” e é composta por um conselho de liderança, um conselho político e um conselho militar, além de um braço armado chamado de Brigadas Al Quds. Essas brigadas que foram apontadas por Israel como as culpadas pela explosão do hospital.
Não se sabe ao certo o tamanho da organização. As estimativas de 2021 apontam que o número pode chegar a milhares, segundo o World Factbook da CIA, a agência americana de inteligência.
O grupo é considerado terrorista por Israel, Estados Unidos, Reino Unido e pela União Europeia. Já Egito, Líbano e Turquia não o colocam nesta categoria.