Os Estados Unidos acusaram o grupo extremista Hamas neste domingo (15) de dificultar um acordo para a passagem de cidadãos estrangeiros na fronteira entre o sul da Faixa de Gaza e o Egito.
Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, afirmou que a abertura da fronteira já foi negociada entre os governos de Israel e Egito, no entanto, Hamas travou a passagem.
"Os egípcios concordaram em permitir que os americanos cruzassem a fronteira por Rafah (a cidade fronteiriça). Os israelenses garantiram que tentariam, no que cabe a eles, manter a área segura. Ontem (14) tentamos retirar um grupo (de cidadãos norte-americanos), mas a questão foi que o Hamas impediu que isso acontecesse", disse Sullivan à CBS.
Palestinos e estrangeiros, incluindo brasileiros de Gaza, estão em Rafah, cidade que faz fronteira com o Egito. Uma aeronave da Presidência da República do Brasil - um VC-2 com capacidade para até 40 passageiros, mais tripulantes - já está em Roma, na Itália, aguardando para seguir viagem para o Egito e resgatar brasileiros de lá.
O acordo permite somente a saída de estrangeiros pela fronteira. O Hamas e o governo do Egito declararam que palestinos devem permanecer no local.
O número de mortos na guerra entre Israel e o grupo palestino armado Hamas já passa dos 3.700 neste domingo (15). Ao todo, são 1.400 israelenses mortos, segundo autoridades de Israel, e 2.329 palestinos mortos, segundo o Ministério da Saúde palestino.
Os feridos somam pelo menos 13 mil pessoas desde o início do conflito, sendo 3.400 israelenses e cerca de 9.714 em Gaza.