O ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, cobrou neste domingo (15) uma condenação veemente do Vaticano sobre a ofensiva deflagrada pelo grupo fundamentalista islâmico Hamas contra o território israelense no último dia 7 de outubro.
A declaração foi dada pelo chanceler israelense durante uma conversa telefônica com o secretário para as Relações com os Estados da Santa Sé, Paul Gallagher.
"Israel espera que o Vaticano emita uma condenação clara e inequívoca das ações terroristas assassinas dos terroristas do Hamas que visaram mulheres, crianças e idosos pela única razão de serem judeus e israelenses", declarou Cohen.
O pedido é feito no dia em que o papa Francisco fez um apelo para a criação "urgente" de corredores humanitários para a evacuação da população civil da Faixa de Gaza e pediu a libertação dos reféns.
Durante a oração do Angelus, na Praça São Pedro, o Pontífice ainda defendeu que as mulheres, crianças, idosos, doentes e todos os outros civis não sejam vítimas do conflito.
Nesta tarde, Jorge Bergoglio também voltou a telefonar para a única paróquia católica de Gaza e garantiu que todos os cidadãos que estão abrigados na igreja estão em suas orações, além de dizer que "conhece o sofrimento que estão sofrendo".
"Há poucos minutos aqui na paróquia recebemos um telefonema do papa Francisco. Ele ligou para o padre Yusuf, que me deu seu telefone para que eu pudesse falar diretamente com o Pontífice, já que ele não fala bem italiano", contou a irmã Nabila Saleh.
Segundo a religiosa, "o Santo Padre quis saber quantas pessoas estão alojadas dentro das estruturas paroquias" e deu sua bênção a todos.
No total, são cerca de 500 refugiados acolhidos na paróquia, entre doentes, famílias, crianças, indivíduos com deficiência e outros cidadãos que perderam as suas casas e todos os seus pertences.
Saleh e Yusef agradeceram o Santo Padre, em nome de toda a comunidade, e enfatizaram que oferecem o próprio sofrimento pelo fim da guerra, pela paz, pela Igreja e também pelo Sínodo.
"O telefonema do Papa segue outra boa notícia: esta manhã batizamos uma criança. Foi-lhe dado o nome de Gabriel, o anjo da boa notícia, o mensageiro de Deus. A proximidade do Papa anunciada pela sua própria voz. Mas também aguardamos com fé o anúncio do fim da violência e da guerra", concluiu a irmã.