O chefe do Exército de Israel, general Herzi Halevi, disse que as Forças de Defesa israelenses (FDI) estão "prontas para uma longa batalha" contra o grupo palestino Hamas e outros militantes inimigos. O pronunciamento foi feito nessa segunda-feira (9).
A declaração acontece após o maior conflito entre palestinos em Israel nas últimas décadas, iniciado no último sábado (7). Na ocasião, o Hamas reivindicou um bombardeio no sul israelense com mais de 5 mil foguetes em um ataque surpresa, chamado de operação “Dilúvio de Al-Aqsa”. O grupo declarou guerra contra o país.
"A intrusão de terroristas nas casas de civis de pessoas na Faixa de Gaza, e a captura de mulheres e crianças — isto é terrorismo assassino", afirmou o general. "Portanto, estamos atacando, perseguindo e prejudicando qualquer pessoa que participou do ataque. E é assim que continuaremos."
O conflito se intensificou após o grupo libanês Hezbollah reivindicar a responsabilidade pelos ataques a três lugares israelenses com mísseis e artilharia. Israel, então, disparou contra a área do Líbano de onde foram enviados os ataques, conforme as forças de defesa do país.
Com a guerra entrando em seu terceiro dia, o número de mortos já ultrapassou 1.100. Segundo a agência Associated Press, são 700 mortos em território israelense e 400 na Faixa de Gaza. Além destes, cerca de 4.500 ficaram feridos no conflito.
Já nesta segunda, um campo de refugiados palestinos foi alvo de ataques aéreos de Israel na cidade de Gaza. Milhares de pessoas precisaram ser deslocadas de Gaza enquanto os bombardeios continuavam acontecendo contra os integrantes do Hamas que estão na faixa, de acordo com a Agência de Assistência e Obras das Nações Unidas (UNRWA).
"Sem aviso, eles nos atingiram sem qualquer aviso. Era um [avião] F-16. Não houve aviso, nada. E você pode ver a destruição, veja por si mesmo", disse um homem não identificado no campo de refugiados de Shati à agência de notícias Reuters .
Quase 74 mil pessoas foram levadas para 64 abrigos da UNRWA, conforme a agência.
"As escolas e outras infraestruturas civis, incluindo aquelas que abrigam famílias deslocadas, nunca devem ser atacadas", criticou a UNRWA.
O Hamas afirmou ter lançado mais 100 mísseis contra Israel, com o Aeroporto Internacional Ben Gurion como alvo. O grupo também disse ter atacado a cidade de Ashkelon, ao sul de Israel.