O Exército de Israel
disse neste domingo (8) que realizará uma operação para evacuar todos os moradores de cidades próximas à Faixa de Gaza
em 24 horas, após ter soldados e civis sequestrados e sido feitos de reféns pelo Hamas.
“A nossa missão nestas 24 horas é evacuar todos os residentes que vivem em redor de Gaza”, disse o porta-voz militar Daniel Hagari aos jornalistas, acrescentando que os combates continuam para “resgatar os reféns” que os islamistas capturaram em território israelita. “Há dezenas de milhares de soldados na área” e “mataremos todos os terroristas em Israel”, acrescentou.
No sábado (7), o Hamas deu início a uma nova etapa no conflito, após lançar mais de cinco mil mísseis em território israelense.
Em resposta, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que agora Israel estava em guerra, lançando uma ofensiva contra o território palestino.
Até o momento, a mídia local reporta ao menos 482 mortos, 250 de Israel, e 232, da Palestina.
Em Gaza, testemunhas dos ataques aéreos israelenses contam que ouviram fortes explosões, viram muitos mortos e feridos sendo socorridos, enquanto nuvens de fumaça preta subiam em espiral.
À rede de TV Al Jazeera, o vice-chefe do Hamas, Saleh al-Arouri, disse o grupo está preparado para o pior. "Todos os cenários agora são possíveis, e estamos prontos para uma invasão terrestre [israelense]".
Desde o início do conflito, moradores de Gaza têm corrido para estocar mantimentos, antecipando a violência que se aproxima.
No sul de Israel, muitas pessoas também deixaram suas casas e estão em abrigos, ou correndo para os aeroportos para fugir da região desde que o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu decretou estado de guerra contra o Hamas.
Enquanto isso, autoridades palestinas dizem que o fim da ocupação de Israel em seu território é a única alternativa possível para garantia de segurança, estabilidade e paz na região.
Netanyahu afirma que conversou com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que teria dado total apoio ao direito de Israel se defender.
Por sua vez, o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, disse que os Estados Unidos trabalharão para garantir que Israel "tenha o que precisa para se defender e proteger os civis da violência indiscriminada e do terrorismo".