Nesta segunda-feira (2) acontece o julgamento da procuradora-geral de Nova York contra Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, e seus filhos mais velhos. Eles serão jugados por fraude após um tribunal de recurso estatal negar o pedido do ex-mandatário para suspender o julgamento.
O juiz Arthur Engoron considerou Trump e a Organização Trump responsáveis por fraude, afirmando que eles forneceram demonstrações financeiras falsas durante aproximadamente uma década, em decisão da última terça-feira (26).
O gabinete de Letitia James, procuradora-geral responsável pelo processo civil contra Trump, falou sobre o episódio: "Estamos prontos para o julgamento e ansiosos para apresentar o resto do nosso caso".
No processo, Trump é acusado de inflar ilegalmente seus ativos e patrimônio líquido em até U$ 2,23 bilhões (R$ 11,1 bilhões) nas demonstrações financeiras anuais.
Trump, três de seus filhos, suas empresas e seus executivos teriam fraudado credores, seguradoras e outras entidades. Além disso, o ex-presidente ainda teria obtido um benefício financeiro "substancial" ao apresentar informações erradas sobre suas demonstrações financeiras.
Letitia James acusou Trump de ter mentido sobre seu patrimônio para obter melhores condições de empréstimos bancários e seguros.
O ex-presidente deve comparecer ao julgamento de forma presencial. Na última quinta (28), a ação movida pelos advogados de Trump contra Engoron, com objetivo de adiar o julgamento e anular muitas das acusações, foi rejeitada pelo tribunal de apelações.
Na atual situação, Trump pode contestar a decisão de Engoron, buscando uma pausa de emergência no julgamento. Essa contestação, porém, precisa ser aceita pelo tribunal de apelações, que já recusou recurso anterior de Trump.
No julgamento que se inicia hoje, Engoron deve decidir se Trump e sua empresa serão penalizados financeiramente. Na ação, a procuradora-geral de Nova York busca recuperar ao Estado US$ 250 milhões em ganhos ilícitos.