O caso da queda do avião em que supostamente o líder do Grupo Warner, Ievgueni Prigozhin, representa mais um acidente de um dos desafetos do presidente da Rússia Vladmir Putin. Nesta quarta-feira (23), a agência de notícia russa Tass informou que um avião que tinha na lista de passageiros o nome de Yevgeny Prigozhin caiu durante um voo de Moscou para São Petersburgo, de acordo com autoridades russas.
Prigozhin liderou, em junho deste ano, um motim contra o presidente da Rússia, Vladimir Putin. A ação teria sido motivada devido às insatisfações acerca da guerra da Ucrânia. Prigozhin marchou contra Moscou, mas após um acordo que foi mediado pelo ditador de Belarus, Alexsander Lukaschenko, recuou. Prigozhin ficou exilado no país desde então. Na última terça-feira (22), ele reapareceu em um vídeo em que aparentava estar na África. A gravação foi disponibilizada no seu canal no Telegram.
O mais proeminente dele é o ex-vice-primeiro-ministro Boris Nemtsov, que foi morto com quatro tiros nas costas, quando saia de um restaurante perto do governo russo, o Kremlin.
Boris Berezovski, que era oligarca e rompeu com Putin, foi encontrado morto enforcado no banheiro de sua mansão, na Inglaterra. A porta estava trancada, mas os legistas confirmam que tratava-se de um homicídio.
Alexander Litvinienko, um ex-oficial russo naturalizado britânico do Serviço Federal de Segurança, e que se especializou no combate ao crime organizado, morreu após uma dose cavalar de polônio-210. O elemento radioativo foi adicionado no chá do ex-integrante do serviço secreto. O caminho percorrido pelos autores do crime — dois agentes da FSB — foi reconstruído através dos traços radioativos deixado pelo elemento.
Já na Polônia, uma parte da população acredita que o presidente Lech Kaczynski e toda a cúpula militar e política do país acabaram caindo em uma enrascada do presidente russo, que teria provocado a queda do avião que os levavam a um encontro conciliatório com Putin.
A proeminente figura de oposição de Putin, Alexei Navalny, foi envenenado em agosto de 2020 com Novichok, uma substância que atua no sistema nervoso. O ataque aconteceu durante uma viagem à Sibéria, mas Navalny conseguiu se curar após um tratamento na Alemanha.
Vladimir Kara-Murza, um jornalista e ativista que é formado no Reino Unido, foi vítima de dois envenenamentos misteriosos. O primeiro em 2014 e o segundo em 2017. Ele ficou em coma por conta dos ataques. Kara-Murza liderou, em 2011, os esforços da oposição para garantir sanções internacionais contra pessoas que violem os direitos humanos no país.