A família do candidato à presidência do Equador, Fernando Villavicencio, que foi assassinado na última semana com três tiros, anunciou que entrará com uma denúncia contra presidente Guillermo Lasso. Villavicencio foi morto no dia 9 de agosto, enquanto saia de um comício na cidade de Quito.
Segundo o advogado da família, Marco Yaulema, a denúncia contra o Estado equatoriano se pauta no crime de homicídio, pois houve "omissão dolosa das autoridades, que não cumpriram o seu papel de garantidores". Yaulema levanta que antes do ocorrido, haviam ameaças contra Villavicencio, o que justificaria a entrada do processo. "Eles os deixaram abandonado, o deixaram morrer". O candidato havia sido levando antes do assassinato para um carro sem reforço de segurança. Vale ressaltar que havia no mesmo local um carro blindado.
Yaulema diz que os responsáveis pela morte são o presidente, o ministro do Interior, Juan Zapata, o comandante-geral da polícia, Fausto Salinas, e o diretor da operação de segurança de Villavicencio.
O ministro do Interior, Juan Zapata, comentou a decisão da família, e disse que esse é um direito deles, e que será respeitado. Além disso, ele explicou que só poderá explicar sobre uma possível falha na segurança e nos procedimentos policiais após as investigações da Direção da Administração Interna.
O substituto de Villavicencio, Christian Zurita, comentou com jornalistas na última quinta-feira (17), que suas suspeitas para a morte do candidato sejam as propostas que visavam atacar as rotas de comércio do narcotráfico. "Tenho quase certeza de que ele foi assassinado porque disse que iria militarizar os portos".