Golpe no Níger e a revolta contra o Ocidente

O golpe militar no Níger aponta para uma rejeição à França e ao Ocidente.

ALIADOS

O Níger e dois países vizinhos, Mali e Burkina Faso, são ex-colônias francesas que só conquistaram a independência na década de 60. Atualmente, Os 3 países da África Ocidental estão sendo comandados por juntas militares que se opõem à influência da França na região.

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INTERVENÇÃO FRANCESA

Em um comunicado feito nesta manhã (31), militares nigerinos apontaram que a França estaria se articulando para libertar o presidente Mohamed Bazoum, que sofreu o golpe na última quarta (26).

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ATAQUE À EMBAIXADA

No domingo (30), manifestantes atacaram a embaixada da França no Níger após o golpe. Eles gritaram em apoio ao líder russo Vladimir Putin, marcando uma aproximação guiada por ideais anti-Ocidente.

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APROXIMAÇÃO?

A aproximação, no entanto, é unilateral: O Kremlin já havia se posicionado a favor da libertação de Mohamed Bazoum, se colocando contra o golpe. Apesar disso, a mídia estatal russa já comentou sobre a possibilidade do golpe se tornar uma porta de entrada do país no Níger.

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REGIÃO

A região é o centro do conflito no cinturão do Sahel. Antes, sofriam os reflexos da Primavera Árabe, e agora vivem sob ameaça de grupos como o Boko Haram, Estado Islâmico e Al-Qaeda. O Níger era um aliado dos países ocidentais contra as insurgências islâmicas na região, abrigando tropas francesas e norte-americanas.

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O GOLPE

O principal motivo para o golpe foi a crescente situação de insegurança da população nigerina. O país tem uma população de maioria islâmica, que teme a insurgência jihadista. Na sexta-feira (28), o chefe da guarda presidencial do Níger, Abdourahamane Tiani, se autoproclamou o novo líder do país e denunciou a precarização da segurança nacional.

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