Israel anunciou nesta quarta-feira (5) o encerramento de uma operação militar em 20 anos no território ocupado da Cisjordânia . Nos últimos dois dias, foram realizados ataques no campo de refugiados de Jenin . A ação resultou em 12 palestinos mortos.
Segundo o porta-voz militar israelense, Daniel Hagari, todos os soldados já deixaram a área que estava ocupada desde 1967. Ele disse ainda que acredita que o exército não precisará retornar ao local no futuro, sem dar mais detalhes.
Hagari afirmou, nos dias anteriores, que o objetivo dos ataques era erradicar o terrorismo na região. "Não é contra a Autoridade Palestina. Não é contra palestinos inocentes. É contra terroristas neste campo”, disse ele.
As vítimas tinham idades entre 16 e 23 anos. De acordo com o Crescente Vermelho Palestino, mais de 100 pessoas ficaram feridas em Jenin durante os ataques.
O vice-prefeito de Jenin, Mohammed Jarra , disse que a destruição atingiu casas e infraestruturas, o que fez com que o campo de refugiados, principal alvo de Israel, ficasse sem água e eletricidade. O acampamento abriga mais de 14 mil pessoas atualmente.
As autoridades palestinas apontam o ataque israelense como crime de guerra. “Segurança e estabilidade não serão alcançadas na região a menos que nosso povo sinta isso. O que o governo israelense está fazendo na cidade de Jenin e seu acampamento é um novo crime de guerra contra o nosso povo indefeso”, disse Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina.