De acordo com o Ministério da Saúde palestino, 10 pessoas morreram e 100 ficaram feridas após os ataques de Israel na região de Jenin, na Cisjordânia. A pasta apontou, nesta terça-feira (4), que entre os 10 mortos no ataque, 5 eram adolescentes.
O vice-prefeito de Jenin, Mohammed Jarrar , disse que a destruição atingiu casas e infraestruturas, o que fez com que o campo de refugiados de Jenin, principal alvo de Israel, ficasse sem água e eletricidade. O acampamento abriga mais de 14 mil pessoas atualmente.
Nas redes sociais, as Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmam estar atacando o que chamam de "infraestrutura terrorista", como locais de fabricação de armas e explosivos.
A IDF também apontou que 10 alvos foram identificados em Jenin e devem ser destruídos antes que se retirem do campo de refugiados da cidade.
O porta-voz da IDF, Daniel Hagari , se pronunciou sobre o ataque: “Não é uma invasão em Jenin, não é contra a Autoridade Palestina. Não é contra palestinos inocentes. É contra terroristas neste campo”.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen , elogiou os esforços do exército israelense durante a operação e acusou o Irã de financiar grupos armados palestinos e estar por trás da violência na região. "Devido aos fundos recebidos do Irã, o campo de Jenin se tornou um centro de atividades terroristas" , afirmou o ministro em comunicado oficial.
As autoridades palestinas, por sua vez, apontam o ataque israelense como crime de guerra. “Segurança e estabilidade não serão alcançadas na região a menos que nosso povo sinta isso. O que o governo israelense está fazendo na cidade de Jenin e seu acampamento é um novo crime de guerra contra o nosso povo indefeso”, disse Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Nacional Palestina
Essa operação ocorre após o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, convocar seu gabinete de segurança para discutir a situação na Cisjordânia.
Há duas semanas, uma incursão em Jenin resultou na morte de sete palestinos. Três dias depois, foi lançado o primeiro ataque aéreo com drone na região desde 2006, visando o assassinato de três militantes da Brigada de Jenin.