O presidente norte-americano, Joe Biden, deve encontrar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para debater a guerra da Ucrânia durante a reunião de líderes na cúpula do G7 em Hiroshima, que ocorre neste fim de semana. A informação foi confirmada pelo assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, que acompanha Biden no encontro bilateral.
Segundo Sullivan, o presidente americano "buscará a oportunidade de falar" com Lula e com o primeiro-ministro indiano Narendra Modi.
O assessor disse que Biden quer conversar "com ambos sobre o papel construtivo que cada país pode desempenhar no apoio ao elemento mais fundamental de qualquer resultado (da guerra na Ucrânia), que é soberania e integridade territorial, que é sagrada na Carta da ONU".
Segundo Sullivan, Biden "vai agradecer ao presidente Lula por ter apoiado várias das principais resoluções da ONU neste conflito, e o motivo pelo qual o Brasil as apoiou é porque essas resoluções têm esse princípio", da integridade territorial.
Ele garantiu, no entanto, que a Ucrânia será apenas um de "vários temas-chave" a serem tratados, como "investimentos, como desenvolvemos os bancos multilaterais de desenvolvimento, como lidamos com o peso da dívida".
Perguntado, Sullivan fez questão de ressaltar que não irá "pressionar" Lula ou Modi. "Pressão é a palavra errada", disse. "Não é assim que o presidente Biden opera com esses líderes-chefe, com quem ele tem relações profundas, o presidente Lula e o presidente [na verdade, primeiro-ministro] Modi".
Ele citou ainda a necessidade de ampliar as conversas sobre a Parceria para Infraestrutura e Investimento Global, programa do G7 que busca se contrapor à Iniciativa Cinturão e Rota, da China, que prevê investimentos em infraestrutura por todos os continentes.
Além de Biden, também o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, negocia encontros com Lula e Modi.