Nesta quinta-feira (11), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que o Exército ucraniano ainda precisa de mais tempo para dar início a uma contraofensiva contra a Rússia na guerra, iniciada em fevereiro do ano passado.
"Com [o que temos] podemos seguir adiante e ter sucesso. Mas haveria muitas baixas, o que para mim é inaceitável. Então, temos que esperar", afirmou Zelensky, em entrevista à emissora BBC .
A declaração ocorre em um momento que a tensão entre os países volta a crescer, já que Moscou retomou os bombardeios em larga escala nas últimas semanas. Ainda, o Kremlin acusou a Ucrânia, no último dia 3, de realizar um ataque a drones à sede do governo russo na tentativa de matar o presidente russo, Vladimir Putin. O país ainda acusou os Estados Unidos de estarem por trás do suposto atentado. Ambos os países negam qualquer envolvimento com o ocorrido.
Em abril, o ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, havia anunciado que os preparativos para contra-ataque estavam chegando ao fim. "O equipamento foi prometido, preparado e parcialmente entregue. Em termos gerais, estamos preparados", disse ele à época.
A fala aconteceu após bombardeios russos atingirem diversas cidades, incluindo a capital Kiev, na madrugada do dia 28, deixando mortos e feridos. Na ocasião, foram registrados ataques em cidades como Kiev, Dnipro, Uman, Kremenchuk, Mykolaiv e Poltava. Nas redes sociais, Zelensky afirmou que o país viveu "mais uma noite de terror" causada pelos russos.
A nova ação busca recuperar áreas anexadas pela Rússia ilegalmente, as regiões de Donetsk, Lugansk, Zaporíjia e Kherson.
Para um contra-ataque, a Ucrânia conta com munição e centenas de veículos blindados — equipamentos enviados por países ocidentais nos últimos meses, como os EUA. Além disso, milhares de soldados retornaram ao país após treinamentos no Ocidente.
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